Equipamentos conseguem atuar apenas nas áreas afetadas pelas pragas, evitando a aplicação de defensivos em toda a lavoura. Empresários comemoram a regulamentação para uso da aeronaves.
Aliados da agricultura de precisão, os drones estão cada vez mais presentes nas lavouras, e não apenas para registro de vídeos e fotografias aéreas. Recém-lançados como pulverizadores, esses equipamentos são capazes de operar em áreas de difícil acesso e onde nem mesmo a aviação agrícola consegue atuar.
Segundo a engenheira agrônoma Alessandra Barreto, gerente de serviços da Coopercitrus e uma das coordenadoras da arena de tecnologia da 24ª Agrishow, os gastos com insumos são reduzidos em até 80% com o uso de drones na pulverização.
“A gente otimiza os recursos e aplica o defensivo no momento certo, e no local correto. Você não vai aplicar o produto na área total, mas só onde precisa. Então, existe a questão de ser ambientalmente correto também, não é só redução de custos”, detalha.
Drones pulverizadores
Um dos serviços oferecidos na Agrishow é o mapeamento aéreo da lavoura para identificação de áreas atingidas por pragas e, em seguida, a pulverização de defensivos estrategicamente nesses pontos. Ambos os trabalhos são realizados por drones.
A engenheira agrônoma Alessandra Barreto explica que, diferente de outros vants, esses equipamentos não são operados por controle remoto, mas guiados por sinal de GPS (localização por satélite), a partir de um plano de voo pré-estabelecido.
O sistema funciona da seguinte forma: o mapa da plantação é inserido no software do drone, que levanta voo sozinho, vai até o ponto da lavoura afetado – por georreferenciamento – pulveriza a quantidade de produto previamente determinada e retorna ao local de origem.
“Às vezes, a gente tem uma fazenda grande e só uma parte dela tem algum tipo de praga, de doença. Usando o drone, a gente consegue pulverizar o produto só em cima daquela mancha. Hoje, o que o produtor faz? Ele contrata o avião e pulveriza o produto na área toda”, diz.